sábado, 24 de abril de 2010

Outra perspectiva

(Dona Emília)

Vejo-a a entrar na floresta, volto as costas e caminho para a cozinha.

(…)

Oiço ladrar. Era o Rex. Mas não vejo ninguém a vista.

O meu coração palpita a uma velocidade desumana.

O ladrar não parava.

Começo a correr.

A correr em direcção ao barulho.

Chego.

As lágrimas começam a correr-me pela cara.

Vejo dois corpos imóveis.

-“Filho… Filho!”

Seu corpo está frio, desfeito.

Pensei que estava a sonhar.

Já não há nada a fazer.

Viro-me para ela.

Está fria, mas estava viva.

O que teria acontecido?

Corro para a casa, para chamar alguém…

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