domingo, 11 de abril de 2010

A manhã seguinte

II

Filipe piscou-me o olho.

Abro os olhos. Era a manhã seguinte, estou deitada na cama. Sinto um aperto no meu coração, um pressentimento que algo não está bem.

Caminho para o quarto seguinte, que é do meu avô, e olho para dentro. Dormia ele um sono profundo. Dou um suspiro de alívio. Mas o aperto continuava lá.

A mãe já tinha saído de casa e o irmão tinha passado a noite em casa de um colega.

Caminho para a cozinha, e olho para o meu telemóvel, tinha o deixado cá na noite anterior. Vi que tinha uma mensagem do Filipe:

Bom dia florzinha, não te esqueças de mim ;)

Sorri.

A noite anterior tinha sido maravilhoso, mas sinto-me confusa. Eu sei que não são sentimentos concretos, mas estão lá, algures. Ele é aquilo que me completa, algo que já não sentia a algum tempo. Não sei de que maneira, mas completa-me.

Concentrada a pensar, entro no carro e saio de casa.

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